quarta-feira, 11 de abril de 2007

Apresentação e Objectivos Principais

Em qualquer investigação arqueológica não cabe ao investigador apenas escavar, concluir e fazer relatórios, na maioria das vezes imperceptíveis para o comum dos mortais.
O arqueólogo opera sobre o património e deverá saber fazer a fusão entre os vários patrimónios.
Deve partir do património material, seu objecto, e deve saber liga-lo ao património imaterial, as lendas, as histórias populares, as fotografias guardadas, as memórias. Muito do que não ficou retido na escavação, no depósito do registo arqueológico, pode ter ficado retido na memória do povo e, não poucas vezes, o próprio património natural explica e corrobora a observação dos anteriores.
É precisamente este o nosso objectivo. Construir uma ponte entre nós, o Forte de São Lourenço e as memórias guardadas por quem sempre viveu em Olhão.
Aqui, neste blog dir-vos-emos como vamos fazendo e o que vamos fazendo, cabe-vos a vós dizerem-nos o que pensam, o que sabem e o que se lembram. Histórias que juntas à nossa investigação darão corpo ao Forte e à cidade que é nossa.

Obrigado!

3 comentários:

Anónimo disse...

foi uma agradável surpresa descobrir este blog sobre a fortaleza de s.lourenço. vejo que está no início e que é bastante recente e espero que publiquem mais informações! só uma sugestão: disponibilizem alguma informação sobre os autores do blog.

António Paula Brito disse...

Relativamente à Fortaleza de S. Lourenço deixo-vos um texto retirado do jornal "O Diabo" de 15 de Setembro de 1935, onde o seu autor, Francisco Fernandes Lopes, descreve uma excursão à Fortaleza datada de um domingo de Agosto desse ano:
"No Domingo, às 11 horas – uma excursão semi – científica às pedras semi - arruinadas da fortaleza de S. Lourenço construída no século XVII, para defesa da barra em frente a Olhão - excursão combinada com o Dr. Lister Franco e com ele, num gasolina de um amigo meu, em companhia de uns rapazes amigos, amadores de arqueologia e desporto (...)
Pedras negras da fortaleza... três canhões – de dois metros de comprido enferrujados e encarapaçados de pedra e de limos, ainda visíveis à flor da água na baixa-mar... ".

Ou seja, aparentemente a situação era semelhante à que hoje encontramos quanto aos canhões. Curiosamente não fala da grande pedra redonda que agora lá se encontra! Terá sido apenas esquecimento?

Unknown disse...

Há muitos anos (talvez em 1975/76), aquando de uma estadia no então Hotel Siroco, existia um canhão no jardim junto à piscina que me foi dito ter sido retirado da Fortaleza de S. Lourenço. Como estive na "Fortaleza" diversas vezes em anos seguintes e sempre constatei a presença dos já três citados canhões, leva-me a pensar que deveriam existir mais peças de artilharia no local.